sexta-feira, 28 de setembro de 2012

UMA FLOR PARA O MEU PAÍS



 

 

 
 
 
 
 
 
 
Se do castelo jaze quase arrancado o estandarte
Daquele guerreiro sem medo estampado,
Que no campo sofrido da batalha
Jurou com o sangue arrancado pela espada
As linhas definidas do seu condado…

 

 Se do céu parece cair o derradeiro brilho
Daquela estrela que guiou a caravela
Por mares nunca dantes navegados,
Alumiando no peito arrojado do gajeiro
O grito dos Longes encontrados…

 
Se do livro já não se escuta a sonância do poema
Com aquela estância heróica e acertada
Que um dia, com génio e arte assinalados,
 O poeta arrancou da grandeza do império
Para a cantar por toda a parte…

 
Amanhã, quando abril voltar a acordar,
Pegarei no que a vontade me diz
E, no meio de todo este entristecer,
Encontrarei uma flor que perfume o meu país.


                                                                                      Carlos Afonso

Sem comentários:

Enviar um comentário