Ao
longo da minha vida, vários foram os momentos em que que peguei nos sonhos e os
transportei para a perto da realidade. Na verdade, para que servem os sonhos se
não lhe tentarmos dar existência?
Eu
sei que os caminhos se fazem caminhando, guiados pela vontade, trabalho,
interajuda, partilha e pelo gosto imenso de partir. Porque, mais importante do
que chegar é partir. E eu gosto imenso de começar o trilho dos caminhos.
Poderia
estar aqui a enumerar os muitos momentos concretizados ao longo deste meio
século de vida, mas não o vou fazer, pois, se calhar, ainda estou em pleno
andamento na direção de metas ansiadas, uma vez que em cada porto de chegada
mora sempre um porto de partida.
As «Jornadas
Literárias de Fafe» e o evento cultural «Fafe dos Brasileiros» foram duas
iniciativas de que muito me orgulho de ter trazido à luz e de lhes ter apontado a porta para que pudessem iniciar a jornada a que estão destinadas. Nunca sozinho, mas
sempre de mãos dadas com Fafe e as suas gentes, (milhares de pessoas), com
coração, alma, engenho e memória. A sua jornada é longa, e ainda é necessário
continuar a percorrer o destino destas duas iniciativas culturais, essenciais
para quem acredita nelas. Eu acredito e muitos fafenses também. Por isso, e
enquanto achar que o céu também mora nelas, continuarei a esgravatar em torno
do seu significado, interesse e com sabor a Fafe e à cultura. O que seria da vida
dos homens se em cada fim de tarde morresse o dia para sempre…
E é
neste permanente calcorrear sonhos e nasceres do sol que surge o movimento
«SENTIR O CORAÇÃO». Mas que entendimentos se poderão dar a este novo começo.
Para mim é algo muito simples e nem sequer é original, pois a solidariedade é
uma mais-valia do homem. E ainda bem que assim é!
Partilhando
a ideia sonhada com os meus alunos de Literatura Portuguesa e alguns colegas de
profissão e outros amigos, veio à ribalta o desejo de pegar na grandeza da
palavra e da sua capacidade de se transformar em versos, frases e livros e colocá-la
ao serviço de quem dela precisa. Oficinas de escrita, momentos literários, conversas
com sentido e partilha de instantes, interligados pelo espírito da amizade,
solidariedade e respeito humano, serão o começo para muitas pontes.
Se
um dos primeiros objetivos do movimento «SENTIR O CORAÇÃO» é ajudar a construir
histórias com final feliz, escritas no papel ou nas vidas, uma outra vertente é
construir sorrisos e encontrar o sítio onde foram feitas as cores do arco iris.
O
Lar das Crianças de Revelhe, Fafe, será o primeiro porto de partida deste
movimento solidário. Contamos com todos para este novo caminhar…
Com
palavras se constrói uma história,
Com
gestos se alimenta um sorriso,
Com
passos se percorre uma vontade,
Com
beijos se edifica o amor,
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