Nasci num
país repleto de sonhos de mar,
Gerados em
almas da cor das manhãsE presos à imensidade exata dos séculos…
E a cor verde da esperança me cobrisse com o seu manto,
Tecido por mãos que fizeram os muros inquebráveis da história!
Será a voz do vento a bater nas velas claras das caravelas?
E de névoas sem rosto
Não rompem os portais do tempo…
Só a teimosia dos quereres, iguais aos de Vieira, Pessoa e Camões,
Podem acordar os fazedores da história
E apunhalarem a mesquinhez deste agora sem luz,
Estampado nos nossos olhos parados,
Avivando, de novo, a chama que jaz fria dentro dos corações.
Indiferente a um passado repleto de heróis…
Não deixeis roubar as raízes pátrias que engrandecestes…
Firmes como a vontade que vos ata ao leme,
Erguei de novo a espada do império,
Movida por um peito que nada teme,
E acordai desta noite sem fim
O verdadeiro sonho português.
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