Bela era a flor mais bela de todo o
prado!
Bela tinha faces rosadas. A sua postura
era elegante e esverdeada. O seu perfume sabia a mel, pormenor que fazia com
que as abelhas das redondezas a beijassem todas as manhãs e todas as tardes e
até quando começava o anoitecer. Como ela gostava dessas carícias!
O sol, esse então, e enquanto fosse
dia, nunca tirava os olhos da beleza de Bela. Apenas à noite, e só porque era obrigado
pelas leis do tempo, é que lá se escondia por detrás dos outeiros, para que a
noite pudesse chegar. Como ele sofria, nos momentos da separação! Coitado!
Todas as manhãs, e bem de manhãzinha,
o sol era sempre o primeiro a chegar ao prado. Depois, esperava que Bela
acordasse e logo lhe oferecia um sorriso muito brilhante. A flor corava um
pouquinho e sorria também.
Mas, naquela manhã, tudo mudou. Sem
se saber como e de onde, chegou ao prado um vento feio e mau…
(continua)
Carlos Afonso
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