Depois de um mês de múltiplas e variadas iniciativas culturais que enfeitaram e engradeceram as terras de Fafe, as 3.ªs Jornadas Literárias de Fafe terminaram em beleza, envoltas em música, literatura, gastronomia, paisagens e uma satisfação imensa.
Apenas alguns apontamentos dos últimos eventos.
No dia 22 de março, o Multiusos encheu-se de alunos, professores e demais comunidade, numa partilha de actividades, exposições, oficinas, música, teatro, encenações, experiências e muita alegria. VIVER A ESCOLA foi um evento único e muito enriquecedor.
No dia 23 de março, vários espaços da cidade receberam um evento original e muito vivo. «Era uma vez uma bola» envolveu muitos alunos e professores de todas as escolas do concelho, agarrados a uma atividade que associou o desporto, a música, os jogos, a dança, a literatura e a criatividade. O dia ajudou e tudo correu na perfeição. Os professores de Educação Física da Escola Secundária, a turma de desporto e o coordenador do evento, o professor Carlos Condeço ,estão de parabéns.
Para além de muitas actividades que decorreram em várias escolas, à noite, o Teatro-Cinema foi palco de um espetáculo lindíssimo. «Acordas e danças» contou com a organização da Escola de Bailado de Fafe e a Escola de Música José Atalaya. Num misto de música e dança, o espetador viajou no tempo e espraiou-se em redor de um cenário mágico e especial.
No dia 24 de março, o último dia das Jornadas Literárias, o dia amanheceu agradável e especial. O curso de Formação na Sala Manoel de Oliveira associou as tradições, os sabores, a história e o património. Pelas 13 horas, um lauto merendeiro Camiliano, (ementas típicas assinaladas nas obras de Camilo Castelo Branco), no parque de merendas de Pardelhas, fartou de satisfação e inspiração os muitos participantes.
Se a manhã foi rica em novidades, a tarde foi vivida intensamente em Paços e Golães. O percorrer, pela primeira vez, do percurso literário «Os Caminhos de Camilo» permitiu usufruir de paisagens, a ligação de Camilo Castelo Branco a Paços e à ponte do Barroco, muita etnografia, tradições, assim como uma convivência sem precedentes. A recriação da vinda de Camilo à Casa do Ermo foi perfeita e encheu as centenas de participantes de satisfação.
A noite do dia 24 acolheu o encerrar das Jornadas Literárias, num Teatro-Cinema composto e alindado. A Escola de Música José Atalaya mostrou mais uma vez o seu valor, inspirada na mestria dos seus músicos e na poesia de Manuel Alegre.
Neste último momento cultural, a bandeira das Jornadas foi entregue ao Sr. Presidente da Câmara, enquanto o Hino se fazia escutar. Como era de esperar, depois do sucesso destas Jornadas Literárias, foi possível sentir em todos os presentes a sensação de que as Jornadas Literárias, na sua quarta edição, regressarão ainda mais fortes e especiais em 2013.
Para terminar, deixo aqui as últimas palavras do meu discurso de encerramento das Jornadas, no Teatro-Cinema, numa antevisão do futuro. “A cultura, o turismo, as memórias e a vertente económica devem ser a força das próximas Jornadas. É preciso abrir as Jornadas Literárias ao mundo. A ligação ao Brasil e aos países onde residem emigrantes fafenses deve ser fomentada. O intercâmbio de escritores fafenses/nacionais e brasileiros deve ser promovido. O fortalecer de uma cultura de horizontes mais abertos deve ser a próxima bandeira das Jornadas Literárias de Fafe.”
Espero que os próximos responsáveis pela organização das Jornadas Literárias de Fafe não esqueçam do verdadeiro espírito que lhes deu origem.
Carlos Afonso
Obrigado e muitos parabéns pelo trabalho desenvolvido.
ResponderEliminarh.